Guia de Acessibilidade Web: mudanças entre as edições
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<strong> | === <strong>Introdução</strong> === | ||
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) estabelece que a acessibilidade é condição essencial para que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam utilizar, com segurança e autonomia, os diversos espaços, serviços e tecnologias disponíveis na sociedade, incluindo os meios de comunicação e informação (LBI, 2015). Isso implica que a acessibilidade não se limita apenas ao ambiente físico, devendo estar presente também no mundo digital, garantindo que todos tenham acesso igualitário às ferramentas e plataformas virtuais de forma autônoma e segura. | |||
No contexto da acessibilidade digital, eliminar barreiras na web torna-se uma prioridade. Esse conceito propõe que sites e portais sejam projetados de forma que todas as pessoas, independentemente de suas limitações físico-motoras, perceptivas, culturais ou sociais, possam perceber, entender, navegar e interagir com as páginas (Leal Ferreira, 2016; WAI, 2024). Essa abordagem não só promove a inclusão, mas também amplia o alcance das informações e serviços oferecidos online, democratizando o acesso. | |||
O objetivo da acessibilidade digital é democratizar o acesso à informação e assegurar que pessoas de perfis distintos possam navegar e compreender os conteúdos e serviços disponibilizados em plataformas digitais, pelo governo e outras entidades. Além disso, a acessibilidade digital desempenha um papel fundamental na inclusão social (Sousa, 2011), permitindo que pessoas com deficiência utilizem a internet para estudar, trabalhar e se relacionar, sem a necessidade de deslocamento. | |||
Por fim, páginas web acessíveis beneficiam não apenas pessoas com deficiência, mas melhoram a experiência de todos os usuários, incluindo pessoas idosas e indivíduos com menor habilidade no uso de tecnologias digitais. Páginas acessíveis tendem a ser mais bem indexadas por mecanismos de busca, compatíveis com uma maior variedade de dispositivos e mais rápidas e intuitivas de navegar, contribuindo, assim, para um ambiente digital mais inclusivo e eficiente. | |||
=== '''Objetivo''' === | |||
Este documento propõe um modelo para avaliar a acessibilidade dos sites do Icict, com o objetivo de apoiar os desenvolvedores web na adoção de práticas acessíveis em seus projetos. | |||
Conforme orientações do ''World Wide Web Consortium'' (W3C), consórcio que define os padrões da web e o Guia de Boas Práticas para Acessibilidade Digital, a avaliação de acessibilidade de um site deve conciliar a '''avaliação automática''' com a '''avaliação manual''' [WAI 2023; BRASIL 2023]. | |||
A '''avaliação automática''' de acessibilidade utiliza ferramentas recomendadas pelo W3C, verificando padrões técnicos como a estrutura do código e o contraste de cores. Já a '''avaliação manual''' envolve especialistas em acessibilidade e pessoas com deficiência, visando identificar erros que as ferramentas automáticas não detectam. A combinação das duas abordagens aprimora os resultados e reduz a chance de problemas passarem despercebidos [Barros et al 2024]. | |||
É importante ressaltar que, embora existam diretrizes e etapas que podem ser seguidas em avaliações de acessibilidade, não há uma metodologia única e universal para realizar testes para avaliação de acessibilidade. Diante disso, este documento apresenta uma proposta de avaliação de acessibilidade na web, detalhando as etapas do processo com base em referências da literatura e em experiências práticas adquiridas durante a avaliação de sites da instituição por especialistas. | |||
As pessoas envolvidas no projeto de desenvolvimento de um site, também participam da implementação da sua acessibilidade. Para ilustrar melhor esse processo, listamos os principais atores envolvidos na implementação da acessibilidade de um site, segundo o Guia da Boas Práticas para Acessibilidade Digital (2023) do Governo Federal. | |||
* '''Gerente de projetos:''' é quem garante que a acessibilidade seja requisito de qualquer produto, desde a fase inicial do projeto; | |||
* '''Conteudista:''' quem cria e publica o conteúdo acessível, utilizando a terminologia adequada para se referir às pessoas com deficiência; | |||
* '''Designer:''' é quem pensa na estrutura e na programação visual do site, o que o tornará inclusivo ou não; | |||
* '''Desenvolvedor:''' é quem implementa e verifica os recursos de acessibilidade no site. | |||
Como o foco deste material é apoiar profissionais da área de '''desenvolvimento''', daremos destaque ao papel que essas pessoas desempenham na avaliação de acessibilidade de um site. | |||
=== <strong>MediaWiki foi instalado.</strong> === | |||
Edição das 18h39min de 26 de agosto de 2025
Guia de Acessibilidade Web
Introdução
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) estabelece que a acessibilidade é condição essencial para que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam utilizar, com segurança e autonomia, os diversos espaços, serviços e tecnologias disponíveis na sociedade, incluindo os meios de comunicação e informação (LBI, 2015). Isso implica que a acessibilidade não se limita apenas ao ambiente físico, devendo estar presente também no mundo digital, garantindo que todos tenham acesso igualitário às ferramentas e plataformas virtuais de forma autônoma e segura.
No contexto da acessibilidade digital, eliminar barreiras na web torna-se uma prioridade. Esse conceito propõe que sites e portais sejam projetados de forma que todas as pessoas, independentemente de suas limitações físico-motoras, perceptivas, culturais ou sociais, possam perceber, entender, navegar e interagir com as páginas (Leal Ferreira, 2016; WAI, 2024). Essa abordagem não só promove a inclusão, mas também amplia o alcance das informações e serviços oferecidos online, democratizando o acesso.
O objetivo da acessibilidade digital é democratizar o acesso à informação e assegurar que pessoas de perfis distintos possam navegar e compreender os conteúdos e serviços disponibilizados em plataformas digitais, pelo governo e outras entidades. Além disso, a acessibilidade digital desempenha um papel fundamental na inclusão social (Sousa, 2011), permitindo que pessoas com deficiência utilizem a internet para estudar, trabalhar e se relacionar, sem a necessidade de deslocamento.
Por fim, páginas web acessíveis beneficiam não apenas pessoas com deficiência, mas melhoram a experiência de todos os usuários, incluindo pessoas idosas e indivíduos com menor habilidade no uso de tecnologias digitais. Páginas acessíveis tendem a ser mais bem indexadas por mecanismos de busca, compatíveis com uma maior variedade de dispositivos e mais rápidas e intuitivas de navegar, contribuindo, assim, para um ambiente digital mais inclusivo e eficiente.
Objetivo
Este documento propõe um modelo para avaliar a acessibilidade dos sites do Icict, com o objetivo de apoiar os desenvolvedores web na adoção de práticas acessíveis em seus projetos.
Conforme orientações do World Wide Web Consortium (W3C), consórcio que define os padrões da web e o Guia de Boas Práticas para Acessibilidade Digital, a avaliação de acessibilidade de um site deve conciliar a avaliação automática com a avaliação manual [WAI 2023; BRASIL 2023].
A avaliação automática de acessibilidade utiliza ferramentas recomendadas pelo W3C, verificando padrões técnicos como a estrutura do código e o contraste de cores. Já a avaliação manual envolve especialistas em acessibilidade e pessoas com deficiência, visando identificar erros que as ferramentas automáticas não detectam. A combinação das duas abordagens aprimora os resultados e reduz a chance de problemas passarem despercebidos [Barros et al 2024].
É importante ressaltar que, embora existam diretrizes e etapas que podem ser seguidas em avaliações de acessibilidade, não há uma metodologia única e universal para realizar testes para avaliação de acessibilidade. Diante disso, este documento apresenta uma proposta de avaliação de acessibilidade na web, detalhando as etapas do processo com base em referências da literatura e em experiências práticas adquiridas durante a avaliação de sites da instituição por especialistas.
As pessoas envolvidas no projeto de desenvolvimento de um site, também participam da implementação da sua acessibilidade. Para ilustrar melhor esse processo, listamos os principais atores envolvidos na implementação da acessibilidade de um site, segundo o Guia da Boas Práticas para Acessibilidade Digital (2023) do Governo Federal.
- Gerente de projetos: é quem garante que a acessibilidade seja requisito de qualquer produto, desde a fase inicial do projeto;
- Conteudista: quem cria e publica o conteúdo acessível, utilizando a terminologia adequada para se referir às pessoas com deficiência;
- Designer: é quem pensa na estrutura e na programação visual do site, o que o tornará inclusivo ou não;
- Desenvolvedor: é quem implementa e verifica os recursos de acessibilidade no site.
Como o foco deste material é apoiar profissionais da área de desenvolvimento, daremos destaque ao papel que essas pessoas desempenham na avaliação de acessibilidade de um site.
MediaWiki foi instalado.
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